É o esquenta do cortejo e um dos dançarinos destoa do grupo de maracatu de baque virado Bloco de Pedra. Claudinei da Silva, ou Cafu para os estudantes do Mackenzie que frequentam o bar Mac-Fil, se empolga ao tentar imitar os passos coreografados do jovem grupo de São Paulo.
“Tudo é dança, de todo jeito. Eu sei dançar!”, afirma Cafu, sem parar seu bailado nem para conversar. Enquanto o público acompanha ainda timidamente as batidas, ele entra no meio das dançarinas da linha de frente como se quisesse ser uma delas, sem se importar com a organização dos blocos.
Como tantos, baiano radicado em São Paulo, Claudinei deixou filha e família em Vitória da Conquista. Garçom do famoso bar da Maria Antonia, rua do centro ocupada por universitários da USP – Universidade de São Paulo e do Mackenzie, há 24 anos diz que adora maracatu, além de forró e música sertaneja.
“Quem escolhe aqui é você”, responde rápido e certeiro ao ser questionado se seguiria o cortejo pelas ruas do centro ou rumaria a outro palco. E é com esse espírito de multiplicidade de opções que a Virada começa.